terça-feira, 21 de junho de 2011

MP de Torres processa Prefeito e Vice por compra de votos

O Ministério Público de Torres ajuizou ação civil pública contra cinco pessoas por compra de votos durante a eleição de 2008. Entre eles estão os atuais prefeito municipal, João Alberto Machado Cardoso, e vice-prefeito, Valmir Daitx Alexandre. Também foram demandados o candidato derrotado a vice-prefeito, Deomar Goulart, um cabo eleitoral da coligação vencedora, Vilmar Santos da Silva, e o major da Brigada Militar José Alexandre da Costa Braga. Todos responderão pela prática de improbidade administrativa. Em caso de condenação transitada em julgada, o prefeito e o vice poderão ser afastados da função pública que ocupam.




Conforme a inicial do promotor de Justiça Vinicius de Melo Lima, ficou evidenciado que o prefeito João Alberto Machado Cardoso, o vice Valmir Daitx Alexandre e o cabo eleitoral Vilmar Santos da Silva mantinham um eficiente e organizado esquema, que consistia na distribuição de materiais de construção, cestas básicas e dinheiro a eleitores em troca de votos e espaço para afixar placas da coligação nas residências de eleitores em Torres. Segundo Vinicius Lima, alguns elementos indicam a utilização da estrutura administrativa municipal, como máquinas e setores pertencentes à Prefeitura Municipal para a prática.



O esquema contava, ainda, com a participação do major da BM José Alexandre da Costa Braga, que, segundo o promotor Vinicius Lima, fazendo uso de sua condição de superior hierárquico miliciava policiais militares com o objetivo de constranger cabos eleitorais de partidos da oposição, inclusive com a possível utilização de armas da corporação. O objetivo principal era impedir que candidatos não integrantes da coligação de João Alberto Machado Cardoso distribuíssem da mesma forma cestas básicas como compra de votos. Em que pese ser integrante de coligação contrária, Deomar dos Santos Goulart, na época vice-prefeito, também foi demandado pelo MP por ter adotado a mesma prática dos demais, uma vez que também cooptou eleitores através da compra de votos.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Oferecida denúncia contra homem que matou namorado da ex-esposa em Torres

O Ministério Público de Torres ofereceu na manhã desta quarta-feira, 1º, denúncia contra o publicitário Carlos Flores Chaves Barcellos, o Alemão Caio. No dia 23 de maio, em Torres,ele matou José Augusto Bezerra de Medeiros, o Zeca Bezerra, namorado de sua ex-esposa, Ivanise Menezes Chaves Barcellos. Alemão Caio responderá pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio triplamente qualificada e porte ilegal de arma de fogo.

A denúncia do promotor de Justiça Reginaldo Freitas da Silva narra que na manhã da segunda-feira, 23, Carlos Flores Chaves Barcellos matou José Augusto Bezerra Neto com golpes de faca, por motivo torpe e mediante meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. A certidão de óbito aponta como causa da morte “hemorragia interna consequente à trauma toráxico abdominal”.
Na ocasião, o denunciado foi até a casa onde a vítima e sua ex-mulher moravam, com intenção de matar ambos. Após adentrar no pátio, se escondeu em um canto da residência. Aproveitando que Ivanise abriu a porta para permitir que um animal de estimação saísse, invadiu o local. Ato contínuo, Zeca Bezerra, que se encontrava na parte superior da casa, desceu as escadas e foi atingido por diversas facadas, que lhe causaram a morte. Alemão Caio só parou de esfaquear a vítima após ser atingido por golpes de abajour desferidos por sua ex-esposa.
Na sequencia, conforme o MP, Carlos Flores Chaves Barcellos tentou matar sua ex-esposa, também mediante golpes de faca e com tentativa de disparo com uma pistola calibre 32, que no momento do disparo engasgou. Ivanise Chaves Barcellos conseguiu fugir e se trancou em um quarto da casa, juntamente com seu filho, de 10 anos. O crime foi cometido por motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e com violência física contra mulher.
Ainda conforme a denúncia do promotor Reginaldo Freitas da Silva, durante o mês de maio, Alemão Caio portou e manteve sob sua guarda a pistola, sem autorização e em desacordo com determinação legal e regulamentar. A arma não estava registrada e o denunciado não possuía autorização para seu porte.